#1
The Renegade 
Collective

Encouraging creatives to fly solo 
and solopreneurs to keep going
PITACOS
05
‘Everyone who keeps the ability to see beauty never grows old’ Franz Kafka

Como você vai ler na última página do guia que eu vou entregar junto com essa newsletter (você vai ver ele logo mais) eu acredito que estamos sempre rodeados por inspiração e eu tiro as minhas das mais diversas fontes.
 
Tudo o que eu vejo, ouço, cheiro, assisto, toco e sinto, impacta a minha forma de ver o mundo e também me ajuda a criar.
 
Em PITACOS eu vou compartilhar algumas das fontes de inspiração que ajudaram a dar forma para algum pedaço de mim.
 
A primeira que eu quero trazer aqui é um pedaço de um diálogo de um livro (e tem o mesmo diálogo palavra por palavra no filme homônimo) do André Aciman: Me Chame Pelo seu Nome.
 
Esse diálogo acontece no final da história em uma troca entre pai e filho:
 
'Se tiver dor, cuide dela, e se tiver chama, não apague, não seja bruto com ela. (...) Nós arrancamos tanto de nós mesmos para ser curados das coisas mais rápido do que deveríamos que vamos à falência aos trinta anos e temos menos a oferecer cada vez que começamos com alguém novo. Mas, se obrigar a ser um insensível, assim como não sentir coisa alguma, que desperdício! (...)
Como você vive sua vida só interessa a você, apenas lembre-se que nosso coração e nosso corpo nos são dados apenas uma vez.  
A maioria de nós não consegue deixar de viver como se tivéssemos duas vidas para viver, uma é a maquete, a outra a versão final, e há todas essas versões no meio.
 
Mas só há uma vida, e antes que perceba, seu coração estará esgotado. Quanto ao seu corpo, chegará a um ponto em que ninguém vai querer olhar para ele, muito menos chegar perto dele. No momento, você sente tristeza, dor… Não as mate. Muito menos a felicidade que você sentiu.'
 
Eu ainda sinto arrepios quando releio esse trecho, tamanha é a sensibilidade na escolha de palavras e o diálogo cativante entre um pai e um filho.
 
Talvez o motivo que eu me emocione tanto com esse trecho é por ter tido um ano tão cheio de incertezas - e volta ou outra questionando as minhas escolhas - que essa lembrança de que só existe essa vida para fazermos o que nos dá prazer sempre costuma me trazer paz e reforçar a minha escolha de caminho.
 
Espero que essas palavras também encontrem uma forma de te tocar como tocaram a mim.
 
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WOW
04
WOW é uma abreviação para Weekly Orange Wine e é isso mesmo: é a seção na qual eu recomendo os meus vinhos laranjas - que não são feitos de laranjas - preferidos.

Se você me segue há um tempo você provavelmente me viu beber alguns (talvez mais que alguns) vinhos laranjas. Mas também não se preocupe se você nunca ouviu falar nesse tipo de vinho antes, pois ele tá longe de ser um vinho popular - e também não é muito fácil de encontrar já que não é qualquer loja de vinho que vende.
 
Tá, mas o que é um vinho laranja?
 
Vinhos laranjas (tecnicamente conhecidos como Skin Contact wine - vinho em contato com a casca) são simplesmente vinhos que vêm da uva branca e são fermentados como um vinho tinto. O que significa que, diferente dos vinhos brancos que são feitos com o suco da uva verde rapidamente pressionadas para virarem vinho, o vinho laranja (e também os tintos) são feitos deixando o suco da uva macerando com a pele, as sementes e, às vezes, o talo da uva junto.
 
E aí você me pergunta 'tem gosto do que?'’
 
Claro que isso depende de cada vinho, região, tempo de maceração e tudo que impacta o gosto de um vinho.
 
Mas se você perguntar para muitos dos meus amigos que eu gentilmente forcei a experimentar vinho laranja, eles dirão que 'é como uma kombucha alcoólica'.
 
Eu já não concordo muito porque nem gosto de kombucha haha, mas não é uma comparação injusta.
Pessoalmente eu gosto de vinhos laranjas bem sedimentado, e tenho consciência que muita gente não ama tanto esse aspecto. Por isso, se você quiser conhecer vinhos laranjas eu recomendo procurar uma degustação de vinhos laranjas ou procurar por degustação de vinhos brancos orgânicos e/ou biodinâmicos (essas costumam se aventurar nos laranjinhas também).
 
E qual vinho você recomenda essa semana?
 
Assim como não existe um nome melhor do que WOW para essa seção da newsletter, não existe vinho melhor para eu inaugurá-la do que aquele que foi o meu primeiro amor, e sempre recíprico, no Canada:
 
A Sunday in August
 
Eu não sou nenhuma conhecedora de vinhos - eu não sei falar de notas e terroir e nem fazer sugestão de harmonização. Mas eu sou uma grande bebedora de vinhos laranjas e você pode confiar em mim quando eu digo que esse vinho é perfeito em qualquer momento.
 
Se você é nova nessa prática, me ouve aqui: sirva ele geladinho em uma sacada gostosa ou assistindo ao pôr do sol na praia, ouvindo uma música suave e compartilhando com alguém muito bacana (mas muito, porquê esse vinho não é pra qualquer um).
 
Depois me conta o que achou :)
 
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É hoje, gente. O guia com os 7 truques e técnicas chegou e você vai receber ele antes - e de graça.
 
Eu coloquei muito amor na criação do meu primeiro produto digital da vida e eu sinceramente espero que você aprenda bastante, teste tudo e depois compartilhe.
Eu também prometi um presentinho pra você que se cadastrou na newsletter a tempo de receber a primeira edição da The Renegade.
 
Para saber qual é e como usufruir dele é só continuar lendo aqui até o final.
RENEGADE
02
Nós nos tornamos o que consumimos
 
Como seguir as pessoas 'erradas' no Instagram me fez perceber o que é importante pra mim na vida e no trabalho (e o que isso tem a ver com essa newsletter).
Quando eu vim para o Brasil em Dezembro do ano passado com uma passagem só de ida eu sabia que ia ser um desafio. Não apenas eu estava mudando temporariamente de casa e de país com meu namorado e nosso vira-lata caramelo de 15 anos, como eu ia ter que começar de novo a minha carreira.
 
Na verdade, não é muito justo dizer 'começar de novo' já que eu já vinha com a experiência, o conhecimento, o portfólio e o planejamento… mas ser uma fotógrafa nômade significa que em todo lugar onde eu aterrizo eu preciso ativamente ir atrás de clientes - ao menos que eu tivesse muitos seguidores o que não é meu caso.
 
Então eu me vi chegando no meu ponto mais baixo: ansiedade lá em cima, sem saber por onde começar (já que no nosso país amado 'o ano só começa depois do carnaval'), então eu não tinha muita perspectiva sobre aonde e quando encontrar clientes. E o que não ajudava era o fato de que nós não tínhamos só um destino no Brasil, o plano é ficar transitando pelas nossas cidades preferidas até cansar.
 
Foi então que comecei a pesquisar por cursos sobre posicionamento digital e criação de produtos digitais - já que sempre foi um passion project e que estou começando a executar agora. E ao que eu clicava em links de cursos e seguia recomendações da internet, o algoritmo começou a fazer o que faz de pior: afunilar todo o conteúdo para coisas do tipo ‘como faturar 6 dígitos vendendo seu produto digital', 'como planejar o lançamento perfeito' e, pior, 'como receber milhões de respostas aos seus stories com apenas alguns seguidores'.
 
A quantidade de pessoas vendendo tudo o que você possa imaginar no universo digital é impressionante. Não me entenda mal, eu amo saber que existe espaço para todo mundo vender produtos ou serviços digitalmente e eu acredito que se você quer vender algo, provavelmente exista alguém querendo comprar. Do contrário, eu não estaria fazendo isso também.
 
O problema, pra mim, não é a quantidade de pessoas vendendo online, mas o risco de ser encurralada pelo algoritmo nas mãos de quem tem uma abordagem de vendas extremamente agressiva quando estamos no fundo do poço e mais suscetíveis a isso. Aqueles cuja abordagem é fazer você acreditar que você não é boa o suficiente, esperta o suficiente e rica o suficiente, mas se você pagar 1200 reais você pode quase chegar lá.
 
E O INTERESSANTE FOI PERCEBER QUE MESMO TENDO O DISCERNIMENTO PARA DETECTAR QUANDO UM PITCH DE VENDAS TEM COMO ESTRATÉGIA FAZER VOCÊ SE SENTIR VULNERÁVEL PARA DEPOIS TIRAR VANTAGEM, AINDA ASSIM EU ESTAVA CAINDO NESSA 'ARMADILHA'’
 
E eu não quero nem de longe me colocar como vítima dessa situação. Tenho clareza de ser responsável pelo que consumo e no que decido acreditar. Mas o algoritmo não ajuda. Ele continuava me mostrando um universo de perfis que me faziam acreditar que eu precisava ter uma estratégia clara de redes sociais, um editorial, um pitch de elevador, me vestir 'like a boss', acordar as 5 da manhã e malhar de 6 a 7 dias na semana - e somente se eu fizesse tudo isso eu podia ter uma chance com o sucesso.
 
E aqui vai minha honestidade brutal: eu comprei um produto que prometia entregar 'stories de ouro' e 'ajudar a inundar minha inbox com mensagens de clientes'. O produto era bom, muito bem feito e produzido, trouxe umas perspectivas interessantes e várias técnicas de 'engajar nos Instagram' que eu nunca teria sacado sozinha. Mas não era o produto pra mim.
 
Eu até testei algumas dessas técnicas. Mais que isso: eu criei um editorial de 3 meses junto com um planejamento de tudo o que eu precisava fazer, pensar, postar e dizer, e eu prometi pra mim mesma que ia seguir o plano. Nesse processo eu tive idéia de várias coisas que eu podia me forçar a aprender só pra que eu pudesse capitalizá-las. Eu fiz o compromisso comigo mesma de acordar as 6 todos os dias, malhar, e então colocar 12 horas de trabalho todos os dias se eu quisesse ter resultados.
 
Nada disso aconteceu.
 
O que me fez pensar vários pensamentos auto-depreciativos, claro. Até que eu entrei no instagram de uma fotógrafa que eu sempre acompanhei e com quem já aprendi muito desde que comecei na fotografia, a @IndiaEarl. 
 
Ela é uma pessoa em quem eu sempre me inspirei não somente pelo trabalho artístico que ela faz mas pela forma como ela leva a vida com a mesma leveza que ela aborda suas vendas.
 
E isso foi um respiro.
 
E foi aí que eu me dei conta de uma coisa: porque eu estava me deixando influenciar por pessoas que tem uma visão de vida - e de vendas - tão opostas à minha, quando existem seres humanos incríveis com quem eu me sinto conectada (ainda que digitalmente) fazendo coisas tão genuinamente leves, e tendo o mesmo sucesso?!
 
Tenho certeza que muitos dos coaches, influenciadores e marketeiros digitais que estavam aparecendo nos anúncios pagos do meu instagram me vendendo coisas com uma abordagem agressiva diriam que eu estava sendo fraca, que eu não tinha foco e era indisciplinada.
 
Mas eu tenho muita confiança no meu autoconhecimento pra saber que a razão pela qual eu não fiz nada do que eu tinha planejado lá atrás era somente porque tudo aquilo ia contra A MNHA FORMA DE VER E viver a vida: que é SER levE, seguir minha intuição e deixar fluir.
 
Quando eu me dei conta de que eu não preciso mesmo estar em todas as redes sociais, aprender a driblar o algoritmo, estudar sobre os 'doze segredos para ser uma influenciadora de sucesso' quando só o que eu quero é fazer arte, criar coisas lindas para os outros e me conectar genuinamente com pessoas, tudo voltou ao seu devido lugar.
 
Eu sei que tudo isso parece meio óbvio e eu não sou ingênua a ponto de acreditar que eu preciso ter seguidores pra ter sucesso.
 
Mas a questão é que quando a gente está no fundo do buraco com a vulnerabilidade nas alturas, nós ficamos tão mais suscetíveis em sermos influenciadas pela onda de pessoas que são 'erradas' para nós - e o algoritmo continua jogando eles no nosso feed um a um.
 
Até a gente encontrar o caminho de volta para a praia e começar a nadar de novo na direção certa.
 
Claro que hoje eu ainda estou enfrentando minha dose de desafios, profissionalmente falando. Eu estive em São Paulo por mais ou menos um mês, agora eu to no Rio e eu nem sei por quanto tempo ou pra onde vou depois (e ainda é Fevereiro).
 
Mas eu decidi que já que eu to vivendo essa vida cigana incrível com os meus meninos preferidos (eu conto o cachorro como um menino), no verão carioca com rede, chopp gelado e samba, ao invés de permitir com que os desafios do meu trabalho se tornem o protagonista da minha vida, eu decidi focar naquilo que me dá verdadeiro prazer no que eu faço: criar arte e conexão.
 
E foi por isso que eu criei essa newsletter que é meu lugarzinho para quebrar todas as 'regras para um posicionamento de sucesso': que é ser o meu eu mais verdadeiro, genuíno, sincerão e quebrador de regras e nunca, nunca 'fake it till I make it'. 
 
Então se você leu até essa frase e concordou com alguma coisa que eu disse, deixa eu te contar uma coisinha: você já é parte do meu Renegade Collective.
 
Obrigada por estar aqui (e eu espero que você fique mesmo depois desse monte de texto).

*As regras que eu estou quebrando claramente incluem 'ser sucinta e breve em suas newsletters'.

Sabe aquela foto que você realmente gosta, mas não sabe direito como editar para ficar mais impactante, ou para refletir as cores da sua marca? Eu quero resolver isso pra você.
 
Basta você responder a este e-mail e anexar essa foto. 
 
Eu vou editá-la com ajustes de cor, luz e detalhes - e te re-enviar com a lista do meu passo a passo para você aprender como fazer e replicar, se quiser.
(Se você tiver um esquema de cores com o qual já trabalha, você pode me enviar uma foto de referência ou uma paleta de cores para eu usar como base da minha edição).
 
Eu vou te devolver a foto editada dentro de 7 dias a partir da data que eu receber.
 
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Termos e Condições: As edições serão finais. Não serão feitas edições além de ajuste de cor, iluminação, detalhes e efeito no Adobe Lightroom. Somente aceitarei até duas fotos de cada pessoa que se inscreveu na Newsletter até a meia-noite do dia 8 de Fevereiro (MST). Aceitarei fotos enviadas somente até o dia 18/02/2023.
 
 
Eu espero que você tenha gostado dessa edição da Renegade Collective.
Sou muito grata pelo seu apoio ao meu trabalho e eu adoro ter essa oportunidade pra chegar na sua caixa de e-mails. Se algum dia você quiser sugerir um tema, ou só bater um papo mesmo, fique à vontade para responder a este e-mail :)

Obrigada —
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