Oi queridos,
como vocês estão?
Eu tenho falado sobre
o tempo em edições desta newsletter e sobre
segundas chances também. Mas hoje quero prosear sobre a grandiosidade de vislumbrar o que o tempo traz.
Na faculdade, havia uma menina da minha sala que andava com a minha turma, mas a gente não se dava muito bem. Ela tinha um jeito defensivo e dava umas respostas atravessadas que não combinavam comigo. E eu, que nunca fui do combate, sempre absorvi e interiorizei. Levava as mágoas pra casa e me afastava. A gente nunca conseguiu ser próxima. Ela atacava, eu me silenciava.
Muitos anos depois, ela me escreveu. Disse que sentia muito por suas atitudes da época, que esse comportamento não fazia mais parte de quem ela era e que, por isso, queria se desculpar. Achei grande isso. Bonito. E por mim, sem grilos, tudo certo e vida que segue.
Uns 8 anos se passaram, e ela me indicou para um trabalho na empresa em que trabalhava. E eu fui, sem saber como seria esse reencontro. Mas, puxa, o tempo é muito forte. Nos abraçamos, ela me contou que estava grávida e que torcia muito para fecharmos o trabalho juntas.
Pois fechamos não só um, como muitos trabalhos com a empresa dela. Produzimos vídeos bonitos, conhecemos pessoas interessantes e fizemos a roda girar. E girou mesmo. Ela teve uma filha linda, depois de uns anos saiu da empresa e, por acasos do tempo, parei de atendê-los. Mas o carinho, que esse novo encontro nos proporcionou, ficou. Hoje eu tenho muito afeto por ela e desejo que sua vida seja sempre feliz.
Uma outra aproximação do tempo foi com uma amiga de Holambra, a Ju. Nos conhecemos há uns 5 anos, sempre tivemos carinho uma pela outra mas nos conectamos mesmo há pouco mais de 1 ano, por conta desta newsletter. Um certo dia, perguntei a ela: posso te inscrever pra receber minha news? Acho que você vai gostar das divagações.
Pois pronto, descobrimos um gosto mútuo pela escrita, pela leitura, pelos escritores da vida e hoje criamos uma relação de amizade que se entende e se identifica principalmente pela palavra. Coisa que eu jamais saberia se não tivesse criado essa newsletter e compartilhado com ela. Ponto pro tempo, que aproxima os gostos em comum quando a gente respeita o tempo necessário pra que isso aconteça.
No começo da minha produtora de vídeos, eu e minha sócia - que é minha irmã - brigávamos muito. A gente estava aprendendo a construir um negócio do zero e por inexperiência, desafios e medos novos, a gente discutia muito sobre o que era certo ou não fazer. Hoje em dia, completando 10 anos de empresa, a nossa relação é plena. Não trocaria essa parceria por nada. Por nenhum trabalho. Por nenhuma outra oportunidade. O tempo trouxe confiança uma na outra e sossegou nosso coração. Brigar por causa de trabalho? Nem lembro mais o que significa.
Tudo isso pra dizer que não é todo mundo e nem toda oportunidade que a gente se completa de cara, que a gente se entende num estalar de dedos. Dar a chance de se conhecer, trocar e evoluir, constrói relações incríveis que, pelo imediatismo, a gente jamais conseguiria. E aqui não estou induzindo ninguém a forçar nada. Estou esmiuçando sobre entender que primeiros contatos não criam histórias e nem aprendizados, trazem apenas primeiras impressões que impedem conexões bonitas e sinceras.
E com vocês, o tempo já trouxe coisas/pessoas boas por aí?
Fiquem bem <3
Um beijo,
Volto logo.