Oi queridos,
tudo bem?
Tem um momento do filme Espanglês
(meu longa favorito com Adam Sandler) em que o personagem de Sandler, John Clasky, cozinha pra personagem Flor em seu restaurante, tentando encontrar minutos de paz no meio da bagunça que está a sua vida com a esposa. Flor trabalha na casa de John e os dois mantém uma relação estritamente profissional até que…acontece a
cena mais bonita do filme. O momento em que a dupla finalmente se entrega à atração e se permite curtir uma noite juntos, sem interferências externas. O fato é que, depois de se beijarem, conversarem e viverem uma noite mágica, Flor avisa pra John que quando ela colocar os pés no chão e levantar do banco onde estão abraçados, a vida deles voltará ao normal: John terá que confrontar a esposa e Flor irá lidar com as preocupações de cuidar da sua filha pequena.
Corta para o dia 18 de março de 2023, último sábado em que completei 36 anos. Pela primeira vez não planejei nada. Não tive vontade de multidões, de encomendar um bolo ou avisar todo mundo. Não por nada, eu estava em paz. E feliz por de ter chegado até aqui. Mas sabe o que é louco? Eu vivo falando nesta newsletter que, conforme vamos envelhecendo, as pessoas ao nosso redor vão desaparecendo, mas me deixe fazer um parênteses para a mágica do cosmo no dia do nosso aniversário. É como se uma gota caísse nesta data e dissesse: você ainda se lembra que é importante para muita gente?
Vivi o melhor fim de semana em anos, sem ter preparado um único passo pra celebrar. O Universo trabalhou mais do que eu desta vez e sou grata a ele por ter comprado as velinhas e as acendido pra mim.
Pois Sabrina saiu de Osasco pra vir tomar um drink comigo depois de uma semana intensa, em que ela poderia apenas ter escolhido seu sofá. São Paulo esquentou, estrelas no céu apareceram. Juliana me escreveu. Fomos almoçar. Um cliente importante enviou uma cesta gigante de café da manhã lá pra casa. Thiaguinho me mandou uma mensagem saudosa. Gabriel um vídeo. Lucy me ligou. Família se reuniu por facetime. Meu sobrinho cantou parabéns. Os amigos de Holambra escreveram emotivos. Eu me emocionei junto. Fui para
o topo de um prédio no Centro de São Paulo, que eu queria conhecer há muito tempo. As luzes da cidade iluminaram a festa que eu não planejei. Brindei com velhos amigos e novos conhecidos. Conheci Bruno. Dancei. Acompanhei o anoitecer. Cheguei tarde em casa e não tive sono.
Queria ficar vivendo naquele círculo de carinho antes de voltar a colocar os pés no chão.
Pois é assim, uma hora a gente tem que deixar a festa e encostar os dedos no solo novamente pra retomar as responsabilidades, a rotina e os desencontros. Mas dessa vez foi diferente. Foi como se o céu me avisasse: se você não acredita, a gente aqui acredita por você e faz as coisas acontecerem. Porque às vezes, ficamos no nosso mundo achando que está tudo vazio, mas vem o nosso aniversário e reúne um punhado de pessoas, eventos e acontecimentos que nos lembra que já fizemos e ainda somos parte do mundo de muita gente.
E a rua estará sempre lá, nos esperando para fazer a magia acontecer.
Fiquem bem <3
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Um beijo,
Volto logo.