Newsletter Mundo CX
Edição 94
A experiência do cliente é o conjunto das percepções e dos sentimentos do consumidor causados por uma ou mais interações com os colaboradores, sistemas, canais, serviços e produtos de uma empresa
 

 
Tudo bem com você? Espero que sim.
 
No feedback da edição 92 uma pessoa comentou que não sabe se eu leio todos os materiais e links que compartilho na newsletter. Sim, aos poucos eu leio tudo.
 
Como não tenho tempo para fazer cursos, minha principal forma de aprendizado é ler bastante e tentar aplicar os insights lá no meu trabalho para resolver os problemas de CX que aparecem todo dia. Às vezes dá certo, às vezes não, mas sempre aprendo alguma coisa 🙂
 
Vamos lá?
 

 
 

 
Emoções
 
 
"Experiência, como Kahneman afirma, é definida como positiva ou negativa pelo que a pessoa se lembra de acordo com os momentos finais da jornada. No entanto, aprendi que no mundo digital, a experiência pode ser igualmente definida pela intensidade emocional ao longo do caminho. A pessoa que assistiu um filme, como indicado no nosso exemplo, provavelmente considerará sua experiência positiva, apesar de sua decepção com o final, devido aos sentimentos poderosos que o filme provocou."
 
"Em um site, a experiência do cliente é determinada tanto pelo final (a última página que o cliente visitou, por exemplo) quanto pela intensidade emocional durante a jornada (nível de frustração). É crucial levar ambos os fatores em consideração, garantindo que haja mais interações positivas no geral para moldar a memória do cliente sobre o site."
 

 
Atendimento ao cliente
 
Embora os números do artigo 83% é a média de resolutividade no primeiro contato no Brasil (4 minutos) sejam bem positivos, se eu sair por aí perguntando para as pessoas o que elas acham do atendimento das empresas, suponho que a percepção vai ser bem diferente. Temos tantas coisas a melhorar…
 
Apostar somente na tecnologia, especificamente em chatbots, também não vai resolver, já que o The need for empathy in CX: Why chatbots can't cut it | versão em português (8 minutos) mostra que algo mais é necessário:
 
"Se a disrupção dos últimos anos nos ensinou alguma coisa, é que os clientes anseiam por conexões humanas e empatia, especialmente durante períodos movimentados ou para questões urgentes. Isso é apoiado por um relatório da Accenture que descobriu que 58% mais clientes preferem resolver problemas urgentes ligando para o suporte em vez de usar outros canais. Ele também cita o fato de que ter um atendimento ao cliente compassivo pode ter um efeito positivo na percepção da marca e na fidelidade do cliente."
 
E uma enquete do portal ClienteSA mostra que uma das evoluções de CX é justamente essa necessidade de humanizar a tecnologia:
 
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Estratégia
 
Outro ponto de destaque da enquete é a personalização. Um artigo que vai te dar uma visão bacana sobre o tema é o A era da hiperpersonalização, um caminho sem volta (8 minutos).
 
Falando em visão, o Operational Transparency | versão em português (precisa criar conta grátis para ler - 25 minutos) traz um insight que acho que é a primeira vez que vejo:
 
"A sabedoria convencional sustenta que quanto mais contato uma operação tem com seus clientes, menos eficientemente ela será executada. Mas quando os clientes são separados da operação, eles são menos propensos a entender e apreciar completamente o trabalho que está acontecendo nos bastidores, fazendo com que eles coloquem um valor menor no produto ou serviço que está sendo oferecido. Para resolver esse problema, os gerentes devem experimentar a transparência operacional, o design deliberado de janelas para dentro e para fora das operações da organização para ajudar os clientes a entender e apreciar o valor que está sendo adicionado. Testemunhar o trabalho oculto realizado em seu nome torna os clientes mais satisfeitos, mais dispostos a pagar e mais leais. Também pode deixar os funcionários mais satisfeitos, demonstrando a eles que estão atendendo bem seus clientes. No entanto, os gerentes devem estar cientes de certas condições nas quais a transparência pode sair pela culatra."
 

 
Mapa de jornada do cliente
 
Quando vi o título do Customer Journey Map? No. You Need a Customer Mode Map | versão em português (8 minutos) pensei "lá vem termo novo de algo que já existe", mas ao ler o artigo vi que era algo diferente. Não me lembro de ter visto esse conceito em outros lugares (parece ser aquela noção de micro-momentos, mas não é). Esses dois trechos dão uma ideia da coisa:
 
"Seus clientes não vivenciam suas interações com a vida diária como uma progressão linear. Em vez disso, eles entram em modos. Um modo é uma mentalidade e um conjunto de comportamentos que as pessoas adotam temporariamente. Não é um hábito, que é um padrão repetido de comportamento. Não é uma rotina, que é um padrão permanente. Um modo é um estado temporário de ser que ajuda o indivíduo a atingir seus objetivos para a situação em questão, por exemplo, modo pai, modo trabalho, modo apresentação e modo compras, entre outros."
 
"Ao implementar o mapeamento de modos para a experiência do cliente, as empresas podem dar melhor suporte às necessidades e preferências imediatas de seus clientes. Ao dar suporte aos modos do cliente, você cria uma experiência altamente individualizada para os clientes sem precisar saber tudo sobre o cliente. Por quê? Porque a maioria das pessoas experimenta modos comuns de forma semelhante. Quase todos os pais sabem como é o modo pai estressado. Você não precisa conduzir um estudo de segmentação para entender as preferências de pais estressados ​​e como dar suporte às suas necessidades no momento."
 

 
Carreira
 
Tem muita gente querendo entrar na área de CX e um bocado buscando se qualificar mais ainda. Um material que vale a pena você olhar é o Job Seekers Guide (35 páginas). Elaborado pela CXPA e lançado no começo de outubro, ele aborda os fundamentos da carreira de CX, incluindo competências essenciais, perguntas para reflexão sobre busca de emprego e dicas para entrevistas.
 
Outro lugar com muitas dicas que podem te ajudar na sua carreira é o meu artigo Habilidades de CX mais procuradas pelas empresas - 2023.
 

 
Atenção!
 
Olha aí o tamanho da encrenca (e da oportunidade): Experiência do Cliente ainda é um enigma para boa parte dos CEOs brasileiros (1 minuto). Temos um loooongo caminho para tornar esse enigma algo óbvio para as lideranças.
 
E claro, o problema não ocorre apenas no Brasil como mostra o excelente What is Missing in Customer Experience Today? | sem versão em português (15 minutos):
 
"Apesar de tudo isso, os CEOs continuam pedindo que empresas como a nossa resolvam problemas organizacionais táticos enquanto enfrentamos desertos de liderança de CX em suas organizações. Eles relegam o design e o gerenciamento do programa de experiência do cliente a funcionários juniores. E mesmo esses funcionários geralmente têm outras responsabilidades principais. CX é um complemento, fora de sua função principal e desconectado de sua estrutura de remuneração. Como resultado, frequentemente ouvimos: "Não sei nada sobre experiência do cliente". Então, "Por onde devo começar?""
 

 
CX por aí 😂
Ahh nada melhor que um barzinho que te conhece pelo nome, sabe o que você gosta de comer e beber, sabe o quanto você pode gastar…personalização da experiência!!!
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Para refletir
 
"Outro estudo conduzido por Tincher descobriu que em dois terços das vezes quando uma empresa realiza o mapeamento da jornada nada muda na abordagem da empresa aos clientes ou na experiência do cliente com essa jornada. Essa é uma oportunidade perdida", diz Tincher. "Ainda existe esse sentimento de: 'Vamos pegar nossos funcionários, colocá-los em uma sala com post-its e a mágica dos post-its os ajudará a entender as necessidades do cliente e consertar a experiência quebrada'. Isso não funciona", acrescenta Tincher."
 
 

 
É isso. Espero que a newsletter tenha sido útil para você. 
 
A próxima edição será enviada no domingo dia 27 de outubro. 
Até lá! 
 
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